quinta-feira, 24 de maio de 2012

Coco


HISTÓRIA DO COCO



O coqueiro (Cocos nucifera), é um membro da família Arecaceae (família das palmeiras).

É a única espécie classificada no gênero Cocos.

É uma árvore que pode crescer até 30 m de altura, com folhas pinadas de 4-6 m de comprimento, com pinas de 60-90 cm.

As folhas caem completamente, deixando o tronco liso.

ORIGENS

As origens desta planta são passíveis de discussão.

Enquanto algumas autoridades reclamam o Sudeste Asiático (região peninsular) como o seu local de origem, outros colocam a sua origem no nordeste da América do Sul.
Registros fósseis da Nova Zelândia indicam aí a existência de pequenas plantas similares ao coqueiro de mais de 15 milhões de anos.

Fósseis ainda mais antigos foram também descobertos no Rajastão, na Índia.

Qualquer que fosse a sua origem, os cocos espalharam-se através dos trópicos, em particular ao longo da linha costeira tropical.

Como o seu fruto é pouco denso e flutua, a planta é espalhada prontamente pelas correntes marinhas que podem carregar os cocos a distâncias significativas.

A palmeira do coco prospera em solos arenosos e salinos nas áreas com luz solar abundante e pancadas de chuva regular (75-100 cm anualmente), o que torna a colonização da costa relativamente fácil.

Já foram encontrados cocos transportados pelo mar tão ao norte como na Noruega em estado viável, que germinaram subseqüentemente em circunstâncias apropriadas.

Entretanto, nas ilhas do Havai, o coco é considerado como introdução, trazida primeiramente às ilhas há muito tempo por viajantes polinésios de sua terra natal no Sul do Pacífico.

O FRUTO

Botânicamente falando, um coco é um fruto seco simples classificado como drupa fibrosa (não uma noz).

A casca (mesocarpo) é fibrosa e existe um "caroço" interno (o endocarpo lenhoso).

Este endocarpo duro tem três poros de germinação que são claramente visíveis na superfície exterior, uma vez que a casca é removida.

É através de um destes que a pequena raiz emerge quando o embrião germina.

O termo "coco" foi desenvolvido pelos portugueses no território asiático de Malabar, na viagem de Vasco da Gama à Índia (1497-1498), a partir da associação da aparência do fruto, visto da extremidade, em que o endocarpo e os poros de germinação assemelham-se à face de um "coco" (monstro imaginário com que se assusta as crianças; papão; ogro), conforme conta o historiador João de Barros no seu livro Décadas da Ásia (1563),"or razão da qual figura, sem ser figura, os nossos lhe chamaram coco, nome imposto pelas mulheres a qualquer coisa, com que querem fazer medo às crianças, o qual nome assim lhe ficou, que ninguém lhe sabe outro .

Do português o termo passou ao espanhol, francês e inglês "coco", ao italiano "cocco", ao alemão "Kokos" e aos compostos inglês "coconut" e alemão "Kokosnuss".

Em algumas partes do mundo, macacos treinados são usados na colheita do coco.

Escolas de treinamentos para macacos ainda existem no sul da Tailândia.

Todos os anos são realizadas competições para identificar o mais rápido colhedor.

No Brasil se produz muita cocada feito do fruto da polpa do coco da Bahia.

ULTILIZAÇÃO
Coqueiros em um clima tropical em Barra de Punaú no Brasil.

Todas as partes do coco, salvo talvez as raizes, são úteis e as árvores têm comparativamente um alto rendimento (até 75 cocos por ano); ele então possui significativo valor econômico.

De fato em Sânscrito o nome para o coqueiro é kalpa vriksha, o qual se traduz como "a árvore que fornece todas as necessidades da vida".

Os usos das várias peças da palma incluem:

O branco, parte gorda da semente, é comestível (fresco) e usado (seco e dissecado) em culinária.

A cavidade é cheia de "água de coco" que contém os açúcares que são usados como uma bebida refrescante, e na composição da sobremesa gelatinosa nata de coco.

Leite de coco (que tem aproximadamente 17% de gordura) é feito processando o coco ralado com água quente que extrai o óleo e os compostos aromáticos.

O líquido obtido da incisão da base das inflorescências do coqueiro forma uma bebida conhecida em inglês por "toddy", nas Filipinas chamada tuba e em Moçambique, sura.

Os botões da ponta de plantas adultas são comestíveis e são conhecidos como "cabaço de coco" (embora a colheita desta mate a árvore).

O interior da ponta crescente é chamado coração-da-palma ou "palmito" e comido em saladas, chamadas às vezes "salada do milionário" (isto também mata a árvore).

Copra é a carne seca da semente, usada para preparar o óleo do coco.

O resíduo que fica depois de preparar o óleo é usado como ração para animais.

O tronco fornece madeira para construção;

As folhas fornecem materiais para cestas e palha de telhado;

A casca e a fibra do coco podem ser usados para combustível e são uma fonte boa do carvão de lenha;
Servem ainda em artesanato;

Nos teatros, usavam-se metades de casca de coco que, batidas, davam o som de cascos de cavalo;

A fibra pode ainda ser usada para o fabrico de cordas e tapetes, para enchimento de estofos e para o cultivo de orquídeas e outras plantas;

Havaianos usam o tronco ôco para dar forma a um cilindro, que pode servir como recipiente, ou mesmo canoas pequenas.

A água do coco é quase idêntica ao plasma do sangue e é conhecida por ter sido usada como um líquido endovenoso de hidratação quando há uma falta de líquido próprio para transfusão de sangue.

A água do coco tem teores elevados de potássio, cloreto e cálcio, e é indicada nas situações em que se pretende o aumento destes eletrólitos.

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